EUA: Grand Canyon, uma das atrações mais visitadas do Arizona

Explorando a área de South Rim, a parte mais famosa do cânion


O Grand Canyon é sem dúvida um dos lugares mais famosos dos EUA e bem conhecido dos brasileiros (mesmo que só tenha ouvido falar). É uma vasta área de cânions esculpidos por milhões de anos pelo rio Colorado. Fica evidente, também, as camadas rochosas expostas com cerca de 2 bilhões de anos de história geológica. O Grand Canyon pode ser visitado através de três áreas principais: a North Rim (remota), a South Rim (mais acessível e, portanto, mais movimentada) e as reservas indígenas a sudoeste do cânion.

Mapa do Parque Nacional do Grand Canyon


COMO CHEGAR?

Na noite anterior, pernoitei na localidade de Cameron, no Arizona, depois de deslocar 360 km desde o Parque Nacional de Mesa Verde (4 horas de estrada), em Colorado. Cameron fica no entroncamento de acesso ao Parque Nacional do Grand Canyon. Durante toda a road trip usei o App Google Maps do smartphone com o GPS da rede de dados do Easysim4u para me orientar. Parei no estacionamento do Burguer King e foi uma boa noite de sono dentro do carro. Veja aqui o itinerário no Google Maps. No dia seguinte de manhã, segui por mais 48 km até a entrada leste da South Rim do Grand Canyon. O ingresso custou 35 USD (agosto/2018) por carro.

Uma placa pixada "Stop Trump" por algum militante no estacionamento do Burger King


DESERT VIEW

Para quem entra no parque pelo portão leste, como foi o meu caso, se depara com Desert View que é uma pequena localidade da South Rim e a primeira oportunidade de ver o Grand Canyon. Por estar localizado a 40 km a leste do Grand Canyon Village (a região central), o Desert View não é tão lotado de turistas. A histórica Torre de Observação é o símbolo do lugar e oferece um excelente ponto de encontro cultural e de mirante para ver o cânion e o Rio Colorado.

A Torre de Observação foi construída com o estilo arquitetônico dos índios locais


Dentro da Torre existe uma lojinha de lembranças


O segundo andar da torre é todo decorado com pinturas indígenas


Cenas mitológicas dos índios da região


Homem pássaro norte americano


Há uma estação para carimbar o passaporte dos parques


Em frente à torre existe uma plataforma que serve de mirante do cânion. Como ali é local de concentração de turistas, desci por uma trilha à direita para um lugar mais isolado e que eu pudesse ter paz para observar a paisagem e tirar fotos.

Mirante do Grand Canyon em Desert View


Me enfiei numa trilha descendo pelo cânion para um ponto mais isolado


GRAND VIEW POINT

Depois de 22 km dirigindo a oeste, há uma entrada para outro mirante espetacular: o Grand View. Este mirante fica no meio do caminho entre Desert View e Grand Canyon Village. Possui estacionamento, plataforma de observação e também é ponto de partida para uma trilha que desce o Grand Canyon. Vale a pena fazer uma parada lá!

Desci um pouco pela trilha para achar um mirante longe dos turistas


Em um dia claro, a visibilidade chega a 100 milhas (161 km)


GRAND CANYON VILLAGE

Esta é a localidade central do Grand Canyon South Rim e a mais movimentada de turistas, com diversos restaurantes, lojinhas e o centro de visitantes. Ali está o Shuttle Bus, um sistema de transporte grátis que liga os principais mirantes da localidade: Yavapai Point, Mather Point e Yaki Point. O Mather Point é o mais próximo do estacionamento e é possível conhecer andando.

Terminal de transporte interno que liga os mirantes


Centro de Visitantes em Grand Canyon Village


Os arredores do centro de visitante são os locais mais movimentados


Vista do Mather Point


Placa conscientiza os visitantes a não jogar moedas do penhasco pois pode matar um condor engasgado! 


As diferentes camadas de rocha podem ser percebidas


O Mather Point é o local mais lotado de turistas


YAKI POINT

Para conhecer os mirantes mais afastados do centro de visitantes eu embarquei no Shuttle Bus que faz o transporte de graça entre os pontos. Existem várias rotas, sendo a Orange Route (rota laranja) a principal que oferece transporte entre o Centro de Visitantes e cinco pontos de vista panorâmicos. A minha primeira parada foi no Yaki Point, um excelente mirante do Grand Canyon.

Embarque no ônibus que faz a Orange Route




Excelente vista a partir do Yaki Point


HAVAPAI POINT

Para fechar a exploração, embarquei novamente no ônibus da Orange Route com destino ao próximo ponto de mirante onde está localizado o Museu Geológico de Havapai. As exposições dentro do museu explicam a deposição das camadas rochosas, o surgimento do planalto do Colorado e a escultura do Grand Canyon, através de modelos tridimensionais, fotografias e painéis interpretativos que permitem aos visitantes ver e entender a complicada história geológica da área. Do lado de fora do museu, há um mirante com um aparelho de observação das principais formações rochosas que foram batizadas com nomes de templos (egípcios, hindus, etc.).

Painéis explicam a formação geológica do Grand Canyon


Modelo geológico de South Rim


Aparelho para observação das formações e seus nomes, cuja direção está gravada no disco


As formações rochosas são comparadas a templos antigos


HERMITS REST

Um outro local do parque que não cheguei a ir por considerar menos interessante foi o Hermits Rest. Localizado no oeste do parque, é um local que concentra lojas de presentes, lanchonetes e hospedagens. Foi projetado por Mary Colter de modo a se parecer com a morada de um eremita e se encaixar harmoniosamente na paisagem. É possível ir de Shuttle Bus, através da linha azul + linha vermelha.

Itinerário do Shuttle Bus até Hermit Route


PERNOITE

Ao terminar de explorar o parque, parei para almoçar na pic nic area de Grand Canyon Village, abasteci minhas garrafas de água nos bebedouros e parti para uma viagem de 215 km rumo ao sul, na Nb Rest Area, uma área de parada de caminhoneiros para descanso com estrutura de banheiro e bebedouros. Veja aqui o itinerário no Google Maps. O dia seguinte eu continuaria viagem em direção a Sedona, no Colorado.


MEU ROTEIRO

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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.