Botsuana: Safari de 1 dia no Chobe National Park

Safári pela água e pela terra na região de fronteira de quatro países


Para quem não tem tempo sobrando para fazer safári durante a viagem na África e for passar uns dias em Victoria Falls no Zimbabwe, uma boa alternativa é realizar o Day Tour Safari no Chobe National Park, o primeiro Parque Nacional de Botsuana (fundado em 1967). Apesar de ser hoje o terceiro maior em extensão no país, é considerado aquele que possui maior diversidade de fauna. Aquela região é a fronteira entre Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.


COMO CHEGAR?

Por estranho que pareça, a maneira mais fácil e comum de fazer safári no Chobe Park não é através de Botsuana. A maioria dos tours são contratados em Victoria Falls, no Zimbabwe, por ser uma cidade turística mais famosa e bem (!?) estruturada. No meu caso, reservei quando ainda estava na Namíbia por 150 USD. Quando cheguei no Zimbabwe, a mesma agência queria me cobrar 175 USD antes de saber que eu já tinha reservado. Lembre que na África é importante reservar com antecedência por causa do preço ou pode não haver vaga, essa é a primeira dica importante.

OBS.: A reserva do safári no Chobe foi feita através de email com o hostel Victoria Falls Backpackers (info@victoriafallsbackpackers.com).

Passagem pela imigração na fronteira Zimbabwe-Botsuana


A segunda dica importante é pedir um visto Double Entry (entrada dupla) por 45 USD ou Multiple Entry (múltiplas entradas) por 55 USD quando entrar no Zimbabwe. A primeira opção é suficiente para fazer o game de 1 dia no Chobe Park. Isso se deve pois para cada entrada no Zimbabwe deve-se renovar o visto, ou seja, se você tiver um visto Single (de uma entrada), vai ter que pagar outro quando retornar de Botsuana. O visto Single custa 30 USD, valores de 2017. Botsuana não exige visto de brasileiros.

O safári inicia no Chobe Safari Lodge, em Botsuana


Às 7h20 da manhã eu já estava pronto, com passaporte no bolso (item indispensável) para embarcar com destino à Botsuana. O ônibus da agência tinha ar condicionado e o guia se chamava Emanoel. Demora cerca de 1 hora de deslocamento até a cidade de Kazungula, na fronteira do Zimbabwe. Todos desembarcam do ônibus e passam pelo controle de imigração do Zimbabwe. Logo depois é o controle de imigração de Botsuana. Depois de finalizada a imigração, o grupo embarca em outro ônibus, dessa vez com um guia de Botsuana, para seguir para o Chobe Safari Lodge, na cidade de Kasane, já em território de Botsuana.

O safári se inicia dentro de uma embarcação


SAFÁRI FLUVIAL

Entre 9h30 e 10h00 o grupo é recebido no hotel e recebe um briefing sobre o passeio. Após isso todos entram numa embarcação para a primeira etapa que é o "safári fluvial" no Rio Cuando. O barco possui água e refrigerante em lata inclusos, basta pegar e beber. O barco faz uma volta numa grande ilha fluvial e vai parando nas margens para observação de acordo com a aparição dos animais selvagens. O safári fluvial dura em torno de 2 horas.

O barco faz um circuito nessa grande ilha plana do Rio Cuando


O primeiro animal diferente que apareceu foi esse gavião


Outro animal que valeu parar foi esse crocodilo africano


A calda do crocodilo parece a de um dinossauro!


O safári começou frio, apenas com um gavião e um crocodilo, mas depois outros animais nativos começaram a surgir nas margens do rio, como os hipopótamos, impalas e javalis. Quando parecia que seria só isso e o barco já estava voltando para o Lodge, apareceu um desinibido elefante africano que começou a nadar nas águas do rio. O próprio guia falou que aquela era uma cena rara de se ver. Aquele show fez valer a manhã!

Uma manada de hipopótamos próximos à margem do rio


Apesar de não parecer, o hipopótamo é um dos animais mais perigosos da África


O barco se aproxima de um rebanho de impalas sem que eles se assustem


O impala é um tipo de antílope que corre a velocidades de 90 km/h e salta cerca de 6 metros


Os impalas são os animais mais abundantes e vistos da savana


O barco já seguia o caminho de volta ao lodge quando...


... surgiu um enorme elefante africano nadando atrás de comida no Rio


Bandeira de Botsuana no meio da ilha do Rio Cuando


O safári fluvial valeu o passeio na parte da manhã


SAFÁRI TERRESTRE

Feita a parada para almoço (inclusa no pacote), era buffet do hotel liberado, podendo repetir se quiser. Ainda tinha sobremesa e bebida (suco). nem preciso falar que comi até ficar cheio, né?! Pois eu seria uma ótima refeição para um predador na parte da tarde quando seguimos para a segunda etapa: o safári terrestre. Iniciou por volta das 13h30 e teve mais 2 horas de duração.

Todo o grupo partiu num jipe 4x4 para explorar o Chobe Park por terra


Ainda na margem do rio era possível encontrar os hipopótamos em habitat natural


Um grupo de búfalos surge no leito do rio


A força bruta do búfalo é tão grande que ele chega a enfrentar um leão por sobrevivência


O início do safári foi beirando o mesmo rio que eu havia navegado pela parte da manhã, a novidade foi ver um grupo de búfalos africanos. O búfalo é considerado um dos "Big 5" como são apelidados os 5 animais mais procurados nos games de safári, juntamente com o leão, leopardo, elefante e rinoceronte. Logo depois, outro "Big 5" foi visto em grupo: uma manada de elefantes!

Uma família de elefantes atravessando a estrada


Esse parece ter doença de pele, mas só parece 😖


Manada de elefantes passando tranquilamente, sem medo dos jipes


O safári continuou até uma parada para o lanche, na verdade para tomar refrigerante. Dessa vez teve até latinha de cerveja! Também era o momento de usar o banheiro (o mato), com muita atenção é claro pois ainda estávamos em área selvagem. Na continuação, foram observadas girafas, antílopes de diferentes tipos, javalis e até um babuíno cruzou a estrada.

A girafa chega a 5 metros de altura o que facilita se alimentar nas árvores baixas da savana


Elas parecem tão curiosas quanto os turistas no safári


Este javali parece assustador, mas é tão comum como um porco nesta região


Já o babuíno evita se aproximar das pessoas durante os games


Um antílope africano


Outro tipo de antílope, com um chifre que chama bem a atenção


RETORNO 

Às 16h00 iniciamos o retorno para a fronteira. Depois de toda a burocracia prevista e traslado pela estrada até a cidade de Victoria Falls, o ônibus me deixou de volta na gesthouse onde eu estava hospedado às 18h. Consegui cumprir a missão do dia com boas lembranças e imagens registradas, e ainda daria tempo de pegar o trem das 19 h para a cidade de Bulawayo onde a aventura continuaria.


VEJA O VÍDEO

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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.