"Ana" no idioma Rapa Nui significa "caverna". Na parte oeste da Ilha de Páscoa, ao norte da cidade de Hanga Roa, existem cerca 800 cavernas criadas pela lava vulcânica do extinto vulcão Terevaka, dentre elas, as mais famosas e acessíveis são Ana Te Pahu, Ana Te Pora e Ana Kakenga. Fui de carro alugado pelas estradas pedregosas desse canto da ilha para explorar cada caverna até terminar no Ahu Tepeu, um sítio de moai no final do caminho.
ANA TE PAHU
A primeira parada foi Ana Te Pahu. A caverna foi usada com várias finalidades desde a pré-história, desde uma simples habitação, passando por refúgio nos conflitos tribais e terminando como esconderijo dos escravistas que chegaram em meados do século XIX.
Entrada do sítio da caverna Ana Te Pahu
Também é conhecida como "caverna das bananas" devido às bananeiras plantadas na entrada
O caminho não é difícil de andar, mas pode ser escorregadio quando chove
Uma dica é não esquecer da lanterna para explorar as cavernas
A entrada é formada por degraus de pedra. Seguindo pelo interior se chega numa área com uma espécie de claraboia, um buraco no teto que permite a entrada de luz. Essa abertura natural permitia ao seus habitantes cozinhar sem que a fumaça se acumulasse na caverna. É possível ainda observar um antigo forno de estilo polinésio.
No teto existe uma claraboia que permite a entrada da luz do sol
A vegetação cresce no interior iluminado
Um forno polinésio próximo à "chaminé" natural
ANA TE PORA
Seguindo ao norte pela estrada que beira o litoral, cheguei no desvio sinalizado com uma placa do parque, do lado do mar, e que dá acesso para Ana Te Pora. A pequena caverna vulcânica fica a cerca de 100 metros de caminhada a partir do estacionamento.
A entrada é estreita e disfarça bem o seu interior amplo
Existe uma escada construída para ajudar a descida
A entrada é quase imperceptível. Depois de entrar abaixado pela porta estreita, o interior é praticamente uma casa, dá para ficar em pé tranquilamente Um achado interessante ali foi uma cama feita de pedras. A tradição Rapa Nui afirma que era costume cobrir o chão com grama seca e fazer uma espécie de colchão com penas. Os habitantes dessa caverna teriam uma verdadeira casa com conforto e segurança.
A porta em forma de T fica centralizada, como se fosse projetada
Uma curiosa cama feita de pedras no interior da caverna
A altura da caverna é proporcional a de uma casa moderna
ANA KAKENGA
Localizada bem ao norte de Hanga Roa, seguindo a estrada que beira o litoral e um pouco antes de chegar no Ahu Tepeu, está uma das cavernas mais atrativas da ilha. Ana Kakenga mede cerca de 50 metros de comprimento e, assim como as demais cavernas, foi usada como abrigo ou refúgio no passado. Antes de chegar nela, encontrei um sítio de moai isolado com apenas uma estátua.
Ana Kakenga fica localizada em frente à ilhota Motu Taurtara. Depois de estacionar o carro, caminhei até a entrada da caverna que é bastante pequena e discreta, parece de longe uma pilha de pedras. Uma dica é levar lanterna, pois a entrada desce por um túnel bastante estreito e escuro, com um teto muito baixo, e eu cheguei a presenciar uma pessoa batendo forte com a cabeça no teto da caverna. Depois 4 metros, o teto fica mais alto e é possível caminhar de pé. Desse ponto em diante entra a luz e não precisa mais de lanterna.
No fundo da caverna estão duas "janelas" que ficam de frente para o oceano, permitindo ver uma paisagem sensacional de camarote. Uma dica é assistir o pôr-do-sol de dentro da caverna, uma das visões mais lindas da Ilha de Páscoa.
Localizada bem ao norte de Hanga Roa, seguindo a estrada que beira o litoral e um pouco antes de chegar no Ahu Tepeu, está uma das cavernas mais atrativas da ilha. Ana Kakenga mede cerca de 50 metros de comprimento e, assim como as demais cavernas, foi usada como abrigo ou refúgio no passado. Antes de chegar nela, encontrei um sítio de moai isolado com apenas uma estátua.
Um sítio com ahu sinalizado como Hanga Kioe
O ahu possui uma estátua isolada de moai e restos de um outro
Paisagem virgem dessa parte da ilha
Ana Kakenga fica localizada em frente à ilhota Motu Taurtara. Depois de estacionar o carro, caminhei até a entrada da caverna que é bastante pequena e discreta, parece de longe uma pilha de pedras. Uma dica é levar lanterna, pois a entrada desce por um túnel bastante estreito e escuro, com um teto muito baixo, e eu cheguei a presenciar uma pessoa batendo forte com a cabeça no teto da caverna. Depois 4 metros, o teto fica mais alto e é possível caminhar de pé. Desse ponto em diante entra a luz e não precisa mais de lanterna.
As duas "janelas" iluminam parte da caverna
Uma das janela é menor
No fundo da caverna estão duas "janelas" que ficam de frente para o oceano, permitindo ver uma paisagem sensacional de camarote. Uma dica é assistir o pôr-do-sol de dentro da caverna, uma das visões mais lindas da Ilha de Páscoa.
No passado a lava do vulcão Terevaka criou as janelas e desceu para o oceano
A janela maior permite que uma pessoa fique de pé na sua beirada
Assistir o pôr-do-sol de Ana Kakenga é tradicional
AHU TEPEU
No final da rota das cavernas oeste está o Ahu Te Peu, com 8 km de distância ao norte de Hanga Roa. Naquele local, chegou a existir uma aldeia Rapa Nui no passado, mas agora só restam ruínas. Nada foi restaurado no local, nem mesmo o seu ahu que se encontra como foi achado na época do descobrimento pelos europeus.
Nos escombros, restam pedaços destruídos dos moai e seus pukao. Este ahu chegou a medir 70 m (comprimento) x 3 m (largura). Considerei a sua parede como a mais bem trabalhada depois do Ahu Tahira, em Vinapu. A parte esquerda da plataforma chegou a desmoronar na escavação feita em 1955 por Thor Heyerdahl.
No final da rota das cavernas oeste está o Ahu Te Peu, com 8 km de distância ao norte de Hanga Roa. Naquele local, chegou a existir uma aldeia Rapa Nui no passado, mas agora só restam ruínas. Nada foi restaurado no local, nem mesmo o seu ahu que se encontra como foi achado na época do descobrimento pelos europeus.
No final da estrada, a placa sinaliza a chegada ao Ahu Tepeu
No sítio arqueológico podem ser vistos os manavais (círculos de pedra para cultivo de gêneros vegetais), os restos de algumas casas elípticas. Além disso, algumas cavernas menores e menos conhecidas fazem parte do relevo. A área também se destaca como um excelente lugar para apreciar a paisagem litorânea com suas falésias.
Círculos de pedra usados para delimitar a área de cultivo
Vista do Oceano Pacífico a partir da área de Ahu Tepeu
Poucos turistas visitam este sítio arqueológico isolado a 8 km de Hanga Roa
Nos escombros, restam pedaços destruídos dos moai e seus pukao. Este ahu chegou a medir 70 m (comprimento) x 3 m (largura). Considerei a sua parede como a mais bem trabalhada depois do Ahu Tahira, em Vinapu. A parte esquerda da plataforma chegou a desmoronar na escavação feita em 1955 por Thor Heyerdahl.
Corpo e cabeça de um moai em ruínas
Parede traseira do Ahu Tepeu
As paredes da plataforma, apesar de destruídas, estão entre os melhores acabamentos da ilha
Parece uma tentativa de se igualar ao Ahu Tahira, de Vinapu
Cabeça quebrada e pedaços de pukao
Uma cabeça surgindo em meio às ruínas do ahu
Cavernas pequenas formadas pela erupção do vulcão Terevaka
Do Ahu Tepeu em diante só é possível seguir a pé. Tentei entrar para explorar toda a costa oeste e quase causei um estrago no carro com o chão cheio de pedras. No dia seguinte, eu seguiria para explorar o norte da ilha e outra de suas cavernas interessantes: Ana O Keke, localizada no vulcão extinto Poike.
MEU ROTEIRO
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