Tailândia: Artes e arquitetura de Baan Dam, a Black House de Chiang Rai

A filosofia budista representada em construções de madeira


Próximo da cidade de Chiang Rai, no norte da Tailândia, está a Baan Dam, ou Black House como é conhecida turisticamente. O local é uma das maiores atrações para quem viaja para a cidade, sendo uma mistura de estúdio de arte, museu e casa, inspirados em edifícios tradicionais do norte da Tailândia e designs modernos e exóticos criados por um artista nacional chamado Thawan Duchanee.

Baan Dam ou  Black House


COMO CHEGAR?

A partir de Chiang Rai é fácil chegar na Black House sem gastar muito. Existe um ônibus público que sai rotineiramente do antigo terminal no centro de Chiang Rai, perto do Night Baazar. O ônibus parte para Mae Sai e costuma sair da plataforma 5. Diga ao motorista que você está indo para Baan Dam. O preço da passagem foi de 20 baht (dezembro de 2016). O percurso dura de 20 a 25 minutos. O ônibus passa pela Universidade de Chiang Rai, no lado esquerdo, e 5 minutos depois o condutor vai parar e gritar "Baan Dam". Depois é só caminhar um pouco e se chega na entrada dos fundos da Black House. A atração está aberta de 9h00 às 17h00 e custou 80 baht em dezembro/2016.

A maneira mais econômica é pegar um ônibus público para chegar lá


BAAN DAM

A palavra tailandesa "baan" significa lar ou casa e "dam" significa preto, por isso a tradução Black House (casa preta em inglês). A Black House não é apenas uma estrutura como o nome sugere, mas um conjunto de cerca de 40 edifícios de diferentes formas e tamanhos espalhados por um belo e tranquilo jardim que se assemelha a um sítio.

A área da Black House possui cerca de 40 construções


Arquitetura tailandesa tradicional


O nome do lugar vem da cor escura da madeira


Objetos de arte talhados na madeira


Um ganesha indiano também feito de madeira


A decoração de vários salões é feita com crânios de animais e chifres de búfalo, baseada na interpretação da filosofia budista do artista Thawan. Esse seu estilo causou muita polêmica no país ao longo dos anos. Sugere-se que a arte usando peles e ossos de animais representa o sofrimento, doenças, velhice e morte que Buda testemunhou em suas viagens.

O estilo de arte usando chifre e crânios de animais é comum


O artista buscou dar sua interpretação da história de Buda


Alguns objetos seguem uma linha abstrata...


... mas todos buscam representar filosofias do budismo


Um contraste na arte é demonstrado na mistura de estruturas tailandesas tradicionais de cor escura e iglus brancos decorados. Um tom futurístico em meio ao passado. Outras obras de arte em exibição parecem refletir desejos humanos, como algumas imagens mais sombrias e estátuas fálicas (mostrando o pênis).

Interior de um iglu com decoração rústica e um tapete de crocodilo


Novamente a decoração inspirada em chifres, peles de animais e conchas


Estátua fálica de madeira


Algumas construções não estão abertas para a visitação, como é o caso da casa em formato de baleia que é, na verdade, o quarto do artista Thawan, utilizado quando ele dorme no local. Já outras estruturas são utilizadas para meditação pelos membros da família real tailandesa e permanecem fechadas ao público.

O quarto de baleia onde o artista Thawan dorme


Algumas construções são usadas apenas pela família real


A maior estrutura está localizada na entrada principal (como eu fui de ônibus, entrei pela entrada dos fundos e terminei o percurso pela entrada da frente). Com arquitetura tradicional e portas imponentes, possui um interior cheio de obras de arte interessantes talhadas em madeira ou feitas de metal. O mais legal é a pele de cobra gigante (de verdade!) estendida em uma mesa.

Entrada principal da Black House


A construção principal possui os objetos de arte mais belos da Black House


Uma ave mitológica dourada


Tábua de madeira incrivelmente talhada


VEJA O VÍDEO

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CUSTOS (dezembro 2016)

- Ônibus para Black House - 20 baht
- Entrada na Black House - 80 baht
- Van de volta a Chiang Rai - 20 baht


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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.