Camboja: Siem Reap, uma cidade pacífica, exótica e de baladas

Parece cidade de interior, mas tem opção para agradar qualquer gosto


Siem Reap, que se pronuncia “sim rip”, se tornou a mais movimentada cidade turística do Camboja sem perder o ar tranquilo de interior e um pouco da arquitetura colonial francesa. Esse grande movimento turístico começou depois da redescoberta das ruínas de Angkor Wat e o complexo de templos que ficou escondido durante séculos na selva do Camboja. Em resumo, Siem Reap é o ponto de partida para explorar esse grande tesouro patrimonial do país e do mundo.

Royal Gardens: arquitetura colonial francesa da época que pertenceu à Indochina Francesa


A BADALADA E EXÓTICA PUB STREET

O turismo na cidade acabou atraindo mochileiros e viajantes independentes pelos baixos preços do país de economia frágil. Com esse público descolado há anos, acabou surgindo a Pub Street (ou Street 08 que é o nome oficial), um lugar com vida noturna agitada, repleta de bares, restaurantes e boates.

Angkor What é um do bares da Pub Street e faz paródia com o nome das principais ruínas arqueológicas do país


Perto da Pub Street estão as atrações turísticas da cidade, logo, recomendo a hospedagem naquela área para fazer tudo sem precisar pegar tuk tuk. Eu fiquei hospedado no Bliss Villa, que fica a 800 metros do "tumulto", localização ideal na minha opinião, tendo um dos melhores preços de hotel nas redondezas. As ruas ao redor da Pub Street são mau iluminadas a noite, mas com diversas opções de bares e restaurantes que funcionam até 22h-23h.

Provando patinhas de escorpião na balada da Pub Street


Mas é na Pub Street e, do outro lado do rio, no Night Market que estão as melhores opções de entretenimento. Além dos bares com música eletrônica e boates, nas calçadas existem barraquinhas que vendem desde cocktails até insetos no palitinho (U$ 1).

As barracas cobram quem só quer fotografar e deixar de degustar os insetos


Está servido?


Os restaurantes possuem cardápios variados com comida ocidental e oriental, com preços de U$ 4 a 8, mas o melhor é o preço da cerveja que custa apenas U$ 0,50!!! E não é só um copinho de plástico não, é uma caneca cheia!

Placa do happy hour do Bliss Villa, com cerveja a U$ 0,50


A cerveja regional também leva o nome do tesouro patrimonial do país


Uma atração culinária é o churrasco cambojano. Você escolhe as carnes, que incluem pedidas exóticas como cobras e jacarés. O garçom coloca um fogareiro na mesa para assar a carne e usa o caldo para fazer uma sopa de macarrão com legumes. O valor é de U$ 7 para 2 ou 3 pessoas. Outro prato típico é o Khmer Amok.

Churrasco cambojano que tem até carne de crocodilo


COMPLEXO ARQUEOLÓGICO DE ANGKOR

O dia seguinte da minha chegada na cidade foi exclusivo para explorar o vasto complexo de ruínas arqueológicas do antigo Império Khmer que fica a 8 km da região da Pub Street. Sobre Angkor Wat, vou relatar com mais detalhes num post exclusivo.

O dia começa cedo para quem quer ver o dia nascendo em Angkor Wat


ATRAÇÕES DE SIEM REAP

Depois de vivenciar a balada acontecendo na Pub Street, no dia da minha chegada, e de explorar Angkor Wat no segundo dia, deixei o último dia para passear pelas ruas de Siem Reap e conhecer a própria cidade. Comecei pela Street 9, paralela a Pub Street, que é uma rua de pedestres com restaurantes estilosos e aconchegantes.

A Street 9 concentra o movimento na parte da manhã com bares e restaurantes tranquilos


Uma das atrações encontradas pela cidade são os escritórios de massagem, que oferecem massagens bem baratas, como U$ 3 por 30 min. Também é possível assistir show de dança típica do Camboja que acontecem a noite, são várias opções. O mais tradicional é o Apsara Cultural Show, que é pago e acontece no complexo do Angkor Village Hotel. Uma opção mais econômica é o Restaurante Temple Balcony que oferece gratuitamente o show de dança típica, bastando pagar a consumação.

Outdoor do show cultural anunciando o preço a partir de U$ 46

MERCADOS

Os mercados são locais bem populares e turísticos nos países asiáticos. Em Siem Reap, os dois mais famosos são: o Old Market, um imenso galpão com estandes de comércio diverso que vai de comida a lembrancinhas e é mais movimentado pela manhã. O outro é o Night Market, que como o nome já diz, é mais frequentado pela noite. Os mercados ficam próximos, um de cada lado do rio, basta atravessar uma ponte.

Feira de alimentos do Old Market em pleno vapor


Um vendedor do Night Market aproveitando a tranquilidade da manhã para dormir (mas a loja não fecha)


HARD ROCK ANGKOR

Na beira do Rio Siem Reap está o mundialmente famoso Hard Rock, mas que não leva o nome da cidade, mas do complexo arqueológico de Angkor. Ao redor do Hard Rock Angkor existem outros bares e restaurantes que ficam movimentados à noite.

O Hard Rock ocupa uma construção colonial na rotatória da ponte


Hard Rock Angkor


MUSEU NACIONAL DE ANGKOR

Localizado a um pouco mais de 1,5 km do centro, este museu guarda peças arqueológicas da época do Império Khmer. Essa foi a última atração que visitei antes de ir embora de Siem Reap. Sobre o museu, vou relatar com mais detalhes num post exclusivo.

O moderno e bem cuidado museu que preserva a história de Angkor


RETORNO PARA A TAILÂNDIA

Enfim terminara minha exploração nessa pequena parte do Camboja mas que foi o suficiente para conhecer a simplicidade daquele povo amistoso e explorar as ruínas de um antigo império no meio da selva. Peguei um tuk tuk (U$ 6) para o aeroporto e embarquei às 16h00 para a Tailândia. Neste mesmo dia eu chegaria em Bangkok e pegaria outro vôo para Chiang Rai, no norte, onde a aventura tailandesa estaria começando.

De mochila e cuia, se despedindo do Camboja


CUSTOS (dezembro 2016)

- Jantar (2 pessoas) + jarra de cerveja + gorjeta - U$ 19
- Espetinho de escorpião - U$ 1
- Cheese burguer + batatas fritas - U$ 2
- 2 canecas de cerveja - U$ 1
- Lembranças no Old Market - U$ 4
- Tuk tuk para aeroporto - U$ 6


MEU ROTEIRO


Roteiro completo: MISSÃO TAILÂNDIA-CAMBOJA

Próximo: COMPLEXO DE ANGKOR



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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.