Carrancas-MG: Complexo da Zilda

O maior complexo de atrações naturais da região


Este complexo é formado por cachoeiras, corredeiras, escorregadores, grutas, pinturas rupestres, etc. Algo para se passar um dia inteiro. Muitos consideram um verdadeiro parque de diversões natural, para o público que busca o ecoturismo.


AVENTURA PARA CHEGAR LÁ

Apesar do caminho para o Complexo da Zilda conter placas e ser bem sinalizado, evitando se perder, não existe transporte público para chegar naquele lugar distante 12 quilômetros de Carrancas. Além de necessitar de um carro, é preciso encarar a estrada de terra que sobe e desce pelo interior.

O caminho para o complexo começa na rua da Prefeitura de Carrancas 


Paisagem de "altos e baixos" ao longo da estrada


O tráfego pelo caminho é um pouco diferente


Cuidado com os pedestres de 4 patas no caminho


Uma curiosidade é que foi no Complexo da Zilda que foi gravada a novela “O Fim do Mundo”, produzida pela rede Globo em 1996.

Local de estacionamento do complexo


Mapa das atrações do complexo da Zilda


Para entrar no complexo onde está a cachoeira e as pinturas rupestres é cobrada a taxa de R$ 3 por pessoa. Um indivíduo fica cobrando na entrada, ao lado do estacionamento, e isso acontece porque é terreno particular. Uma dica é que bem cedo ou perto das 17h00 a entrada está livre de cobranças.

Posto de cobrança na entrada do acesso à cachoeira da Zilda


LAPA DA ZILDA

Seguindo a trilha após entrar se passa por um restaurante de comidas típicas e, logo depois, está a Cachoeira do Índio. Andando ainda pela trilha à direita está a estrada para a Lapa da Zilda que é uma parede de pedra com desenhos rupestres antigos. Uma curiosidade é que as pinturas estão protegidas com arame farpado para evitar que alguém as toque!

Placa que informa sobre a posição do sítio arqueológico


Uma cerca de arame farpado limita a aproximação das pessoas


Placas de pedra da lapa


Não existem muitos desenhos ali, mas alguns são bem interessantes. Um deles se assemelha com uma nuvem com raios e outro são círculos concêntricos com "pernas", como se representasse uma aranha. O problema dessa tradução é que as aranhas possuem 4 pernas, diferente do desenho. Depois da lapa a trilha que segue para o sítio arqueológico está interditada, o que será que existe la?

Representação de raios? chuva? aranhas? ou discos?


Um círculo com um quadrado no centro, quase como o logotipo da rede Globo


Esta pintura é um simples "N"


Outro desenho, mas este está bem borrado


CACHOEIRA DO ÍNDIO

Voltando para a margem do rio está a Cachoeira do Índio, uma das atrações do Complexo. Muita gente fica por lá pelo fácil acesso, outro porém atravessam esta cachoeira em busca da atração maior: A Cachoeira da Zilda. Dependendo do nível da água, é necessário passar por dentro d´água para cruzar as pedras. Eu tirei o tênis e cruzei caminhando pelas pedras escorregadias.

Vista a partir da Cachoeira do Índio


A cachoeira do Índio, perto da Lapa da Zilda


Local de passagem em direção à Cascata da Zilda


CACHOEIRA DA ZILDA

Após atravessar o rio, uma placa indica a trilha para a cascata da Zilda. É só seguir sempre pela trilha da esquerda, beirando o próximo rio que se chega nesse espetáculo da natureza. Além de se poder observar a cachoeira de cima, de baixo e do lado, seguindo pelas trilhas, também é possível nadar no poço formado pela queda das águas. Para que gosta de adrenalina, pode ainda se lançar lá de cima e cair no poço.

Trilha para a Cachoeira da Zilda


Uma das cachoeiras mais bonitas de Carrancas


Diz a lenda que Zilda foi neta de coronel dono dos terras dessa região e que já tinha o casamento encomendado com o filho de outro coronel das terras de Carrancas. Ela, porém conheceu e ficou um inglês chamado John mas ambos tiveram seus sentimentos frustrados. John mais tarde batizou estas quedas d’água que descobriu com o nome dela.

Observar a força das águas de cima é outra atração


É possível saltar de cerca de 8 metros de altura


Do outro lado do poço existe uma praia de areia branca formada pelo quartzito


POÇO DA PROA

Seguindo pela trilha da margem esquerda do rio, seguindo pela parte alta, se chega num mirante do Poço da Proa. A maioria das pessoas ficam pela Cachoeira da Zilda e não chega até este local. O lugar isolado somado à beleza do poço resulta nem excelente local para buscar a paz neste complexo.

Seguindo a trilha da margem esquerda se chega no poço


Um passo em falso e...


Um mirante que parece a proa de um navio


Hora de meditar


OUTRAS ATRAÇÕES

O Complexo da Zilda é muito mais do que os arredores da cachoeira que eu explorei. Existem 3 propriedades particulares com entradas e cobranças disteintas. Além da área da cachoeira (R$ 3), tem a área da Racha da Zilda (R$ 10) e o divertido escorregador da Zilda (R$ 5), todos com acesso a partir do amplo estacionamento. Um dia é pouco para explorar todas as atrações entre Cascata da Zilda, Escorregados da Zilda, a Gruta da Zilda, a Racha da Zilda, o Poço do Guatambu, A Cachoeira dos Índios e do Grão Mogol, etc, etc.

Carrancas da Zilda estão espalhadas pelo complexo


Junto da entrada da pousada está o início da trilha para a Racha da Zilda


Quando eu fui entrar na área do escorregador, vi uma placa com o valor de R$ 25. Achei um absurdo cobrar aquele valor e desisti de entrar. Mais tarde eu viria a descobrir que este é o valor do camping no local. Pelo menos fica a dica que existe camping ali ! De qualquer forma, o Complexo da Zilda merece mais tempo para aproveitar e eu voltaria ali em breve.

Ao fundo desta carranca está o acesso para o escorregador da Zilda


Muita poeira ficando para trás nas estradas de terra na volta para Carrancas


MEU ROTEIRO

Anterior: COMPLEXO DA PONTE

Roteiro completo: CARRANCAS-MG



Comentários

  1. ABSURDA A COBRANÇA DE 25 REAIS POR PESSOA PARA CADA PARTE DA CACHOEIRA. CASO DE POLÍCIA. NÃO VÁ!

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  2. Fui ao Complexo da Zilda em Carrancas em novembro de 2020. Fiquei indignado com a exploração do local sem retorno algum para o visitante. O local é razoavelmente bonito, mas a infraestrutura é péssima. Pessoal sem qualificação para atendimento ao público. Só investiram na sinalização para a chegada (por uma estrada de terra horrível). Cobram uma taxa para cada lugar que você vai no complexo, o valor não é necessariamente caro (RS 10,00 - R$ 25,00) caso fosse revertido em estrutura. Chegamos na entrada do complexo e apenas tinha uma pessoa bastante ríspida para fizer que "tudo aquilo era o complexo" e dizer que cada lugar tem um valor para visita, pronto, "deu as costas...." Fiquei indignado por pagar para ver algo que própria natureza fez, sem investimento algum do valor que cada pessoa paga, pelo menos no escorregador que foi o único lugar que fui. Nem míseras placas educativos colocaram, o que contribui com o lixo que vi no caminho.

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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.