A pedra coberta de escrituras enigmáticas na Paraíba
Para chegar em Ingá, a melhor maneira é ter por base a cidade de Campina Grande-PB. A segunda maior cidade da Paraíba (a primeira é claro que é a capital João Pessoa, que fica a apenas 125 Km de distãncia) e que possui até um clima frio em certas épocas do ano, fica no meio do Estado e é caminho também a Serra do Cariri (um roteiro que pretendo cumprir em breve). Além de várias opções de ônibus vindos de João pessoa, Campina Grande também possui aeroporto.
COMEÇANDO POR CAMPINA GRANDE
Vale dar uma volta nessa cidade que possui áreas agradáveis e bonitas. A cidade cresceu no início do século XX através do algodão. Chegou a ser a segunda maior exportadora do mundo dessa matéria prima, perdendo somente para Liverpool, na Inglaterra (chegando a ser apelidada de "Liverpool Brasileira"). O interessante é que a cidade não produzia o algodão, mas tinha o maquinário para o beneficiamento do produto, concentrando nela o algodão extraído nas cidades vizinhas.
Não deixe de conhecer o Açude Novo e o Açude Velho, além do Parque do Povo, pontos turísticos da cidade, aliás, o Açude Novo é um parque que possui um obelisco e o Parque do Povo possui uma pirâmide... mistérios da meia-noite.
Açude Velho de Campina Grande
COMO CHEGAR NA PEDRA DE INGÁ?
A cidade de Ingá fica na região metropolitana de Campina Grande, cerca de 40 Km de distância. Para chegar, se estiver de carro, é só pegar a BR-408 em direção a João Pessoa. Siga as placas e achará facilmente.
Para chegar a Ingá da maneira alternativa, a partir de Campina Grande, existem táxis que vão direto para Ingá. O custo de Campina a Ingá é de apenas 5 R$ (valor de 2010 quando eu fui). Esses táxis começam a fazer o trajeto a Ingá a partir das 6 horas da manhã e o ponto de partida é a Maternidade Elpídio de Almeida, próximo do Hotel Titão. Basta chegar no local e você pode observar taxistas perguntando se vai para o Ingá.
Chegando em Ingá, a única forma de chegar ao sítio é pegar um mototáxi. (Obs: Não diga que é turista, pois podem cobrar mais caro. Finja que já conhece a cidade e que vai lá apenas tirar umas fotos). Não há custos para visitar o local, contudo, os guias mirins são voluntários, então fica a seu critério gratificá-los como achar conveniente.
A PEDRA ENCANTADA
Dessa forma eu fui até a cidade de Ingá e, logo que se chega numa pracinha central, já se pode pegar um mototaxi que te leva até a entrada do sítio. Fica cerca de uns 5 Km do centro da cidade por estrada asfaltada. Na entrada do sítio arqueológico existem umas lojinhas de artesanato, nas quais eu comprei um vaso que reproduz algumas figuras dos petróglifos (desenhos das pedras).
Em novembro de 2010, quando eu fui, a entrada ao sítio era franca, se pedia apenas para assinar o livro de visitantes e, assim como nas lojas, ofereciam lembranças para sustentar o local. Comprei um livrinho referente à história do sítio e de algumas pesquisas em sítios próximos.
O horário de visitação é de terça a sexta, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00 (fecha para almoço). Sábados, Domingos e Feriados das 09h00 às 13h00.
A famosa pedra, que chegou a ser tema de música no início da carreira de Zé Ramalho, não fica muito longe da entrada. Ela é realmente uma obra de arte, sem olhar pelo lado arqueológico.
Abaixo, as fotos da da Pedra de Ingá e suas escrituras da esquerda para a direita:
Além da visita a pedra, ainda existe um pequeno museu com artigos arqueológicos e paleontológicos, inclusive um pedaço de pele fossilizada de um Tiranossaurus Rex, doada ao museu!
Cenário do sertão no local
O horário de visitação é de terça a sexta, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00 (fecha para almoço). Sábados, Domingos e Feriados das 09h00 às 13h00.
A erosão pela águas quando o rio sobe cria esse visual
A erosão nas rochas está fazendo as escrituras sumirem
Rosto de ET? A imaginação começa a ir longe com tanto mistério
A famosa pedra, que chegou a ser tema de música no início da carreira de Zé Ramalho, não fica muito longe da entrada. Ela é realmente uma obra de arte, sem olhar pelo lado arqueológico.
Eis a famosa Pedra de Ingá
Abaixo, as fotos da da Pedra de Ingá e suas escrituras da esquerda para a direita:
Extremidade esquerda de quem assiste
Centro esquerda de quem assiste
Centro direita de quem assiste
Extremidade direita de quem assiste
Além da visita a pedra, ainda existe um pequeno museu com artigos arqueológicos e paleontológicos, inclusive um pedaço de pele fossilizada de um Tiranossaurus Rex, doada ao museu!
Imagem de réplica feita a partir do negativo extraído das inscrições da Pedra do Ingá, Paraíba.
Fóssil da concha de um gastrópode (molusco) de 400 milhões de anos
Garras de uma preguiça gigante fossilizada
Pele fossilizada de Tiranossauro Rex proveniente do Texas (EUA)
Pintura que retrata a Pedra de Ingá com Sumé transmitindo ensinamento aos índios
Ao encerrar a visita, não me conformei com a possibilidade de voltar de mototáxi e resolvi voltar até a cidade andando pelo sertão e não me arrependo disso.
ZÉ RAMALHO E A PEDRA ENCANTADA
A Pedra de Ingá chegou a ser tema das músicas esotéricas do cantor Zé Ramalho. Em 1982, no álbum Força Verde, o cantor cita a "pedra encantada" na música Os Segredos de Sumé. Sumé foi uma figura lendária entre os índios Tupis. Ele teria estado no continente sul americano antes dos colonizadores espanhós/portugueses e deixado vários conhecimentos aos índios e, antes de ir embora, deixou escritas nas rochas. A lenda desse personagem ficou gravada nos povos do Brasil, Paraguai e Peru. Alguns estudiosos do assunto relacionaram o nome "Sumé" aos Sumérios ou aos Semitas.
INFORMAÇÕES PARA A VISITA
O Brasil, como sempre, não explora seu potencial turístico e dificulta que locais como este sejam conhecidos por potenciais turistas. Sobre apoio às pesquisas arqueológicas então, não preciso nem falar... é uma vergonha o interesse do governo. Por isso, a preservação de locais como este se devem a pessoas que são verdadeiros heróis.
Na época que visitei o sítio arqueológico, todo contato para o planejamento foi feito através de e-mail com Dennys Mota, guia da Secretaria de Turismo de Ingá, que me orientou muito bem. Segue abaixo seu contato (atualizado 2015):
Dennis Mota (Pesquisador e Guia de Turismo)
(83)9145-9418 - (Claro WhatsApp)
(83)9646-3394 - (Tim)
dennysmota@hotmail.com
Fanpage no facebook https://www.facebook.com/dennispedradoinga
Outros e-mails úteis (não atualizados): karla-ron@hotmail.com (Rafaela Nascimento - Turismóloga) e pedradoinga@gmail.com
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Super bacana seu site. Gostei muito das inormaçoēs colocadas e as fotografias. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado Ricardo! Nosso objetivo é ajudar quem deseja ir até esses lugares e trazer as imagens para quem se interessa
ExcluirObrigado ...20 anos depois quero ver Minha tia meu ingà. Deus não permita que eu morra antes de lá voltar.
ResponderExcluirMuito agradecido Renan por disponibilizar peças como vc mesmo diz, para montar meu próprio quebra cabeças, parabéns mesmo! fico torcendo pra você também disponibilizar informações como estas sobre a pedra da Gávia na sua terra onde fiquei sabendo que tb é cheia de mistérios, já salvei seu blog, obg. pelos contatos deixado sobre a Pedra do Ingá que pretendo visitar..
ResponderExcluirValeu pelas dicas! Ainda raras sobre esse lugar!!
ResponderExcluirsennimissto Sarah Thomas https://wakelet.com/wake/okBgLoK1WhcOOQMqJSWr4
ResponderExcluirfiapicpolstech