Bolívia: Samaipata, a Machu Picchu boliviana

Uma misteriosa cidade antiga apelidada de Machu Picchu boliviana




Acordei cedo, conheci a cidade com sua Plaza de Armas bem arborizada, sua igreja com altar coberto de ouro, a Iglesia de la Candelaria, tudo como toda cidadezinha antiga da colônia espanhola.

Coreto da praça principal da pequena cidade


Ruas simples de uma cidade de interior boliviana


A arte indígena presente nos monumentos da Plaza de Armas


Iglesia La Candelaria


Por fora é bem simples, mas por dentro é toda enfeitada de ouro


Quem entra se surpreende com a arte sacra em meio ao ouro abundante


Meu objetivo era conhecer El Fuerte, uma construção pré-incaica nas serras próximas a Samaipata, a maior pedra talhada do mundo, considerada a Machu Picchu boliviana, bla, bla, bla.... Mas os táxis cobram uns 70/80 Bs para levar até o local e esperar 1h30min. Como eu sei que eram 4 Km de trilhas e que eu não ia conseguir explorar tudo em apenas 1h30min, perguntei o quanto o taxista cobraria para esperar 3 hrs... 120 Bs! Bem, eu tinha que convencer alguém a rachar o taxi comigo, mas quem seria louco para pagar mais?


EXPLORANDO EL FUERTE

Ao tomar meu desayuno, perguntei numa agência do lado se haviam pessoas para conhecer El Fuerte as quais eu pudesse me incluir, o rapaz me falou que acabara de sair 2 homens perguntando sobre esse tour. Ele me apontou os dois na praça. Fui até eles e perguntei se queriam rachar um táxi. Falei que um táxi normal espera apenas 1h30min e que isso seria meio corrido, resumindo, vendi meu peixe e convenci os dois, um argentino e um canadense, de que seria melhor pagar um pouco mais e passar mais tempo.

Esperamos um táxi e ainda conseguimos 3 hrs por 100 Bs. O taxista nos deixou no local e marcou o horário que estaria de volta. O boleto de entrada era de 50 Bs e também dá direito a conhecer o Museu Arqueológico na cidade.

A maior e mais misteriosa atração de Samaipata é El Fuerte


Um caminho balizado direciona até as ruínas


Daniken chegou a comparar esta parte a uma pista de lançamento de foquetes


Outro mistério são os nichos talhados na rocha


Pequenas "janelas" lembram escotilhas. Seriam apenas enfeite?


Escavações de casas que circundavam a área cerimonial


Exploração em meio a selva para buscar vestígios do passado


É a maior rocha talhada do mundo!


Passarelas ajudam a contemplar a complexidade destas ruínas


Ao retornar, fui no museu (dá pra conhecer em 10 min) e parti para a próxima missão: Conseguir sair de Samaipata e chegar em Sucre.
  
Uma visita no breve Museu Arqueológico de Samaipata


TENTANDO SEGUIR VIAGEM PARA SUCRE

Eu havia pesquisado que a passagem poderia ser vendida na Amboró Toursuma agência de turismo, mas desde que eu tinha chegado ela não havia aberto, talvez por ser final de semana. Fui perguntando e descobri que um restaurante chamado Buen Turista na carreteira (estrada) também vendia. Fui até lá e o cara me falou que só vendia pela manhã e que eu deveria voltar no dia seguinte. Como eu tinha um planejamento a seguir, tinha que arrumar outro meio de embarcar em direção a Sucre.

Foi então que eu descobri uma dica forte para conseguir transporte: andando uns 200 metros pela carreteira, em direção norte, a partir da Calle Arze (que passa ao lado da igreja principal e vai até a estrada), se chega no que os bolivianos chamam de "Tranca", que é um posto de pedágio. Todos os ônibus que vêm de Santa Cruz param ali. Os que vão para Sucre passam entre 17h e 20h e, se tiver lugar vago, pode-se comprar com o próprio motorista.

Como não existe rodoviária na cidade, fui tentar pegar um ônibus na estrada


Esperei no local e logo o primeiro que parou tinha vaga. Cobraram 80 Bs pela vaga. O ônibus não tinha banheiro, como a maioria na Bolívia, fazendo uma parada forçada (o pneu furou!) durante a madrugada para o povo ir no banheiro: a plaza de um pueblo!


GASTOS DO DIA

Táxi para El Fuerte ida e volta (dividido) – 30 Bs
Entrada em El Fuerte – 50 Bs
Passagem para Sucre – 80 Bs


MEU ROTEIRO

Roteiro completo: MISSÃO BOLÍVIA

Próximo: SUCRE

Comentários

Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.