Islândia (dia 13): A famosa Lagoa Azul na despedida do país

O ponto turístico mais fotografado da Islândia e os preparativos para voltar ao Brasil


A Lagoa Azul (Blue Lagoon, em inglês) é sem dúvida um dos principais pontos turísticos e cartão postal da Islândia. A escolha de deixar a Lagoa Azul para o último dia de viagem foi estratégico, pois ela fica a 21,5 km do aeroporto Internacional da Islândia, em Keflavík, no caminho entre a capital e o aeroporto. No dia anterior, me desloquei de carro para pernoitar próximo da lagoa (com o carro estacionado neste ponto) para conseguir visitá-la pontualmente às 8h00, quando a atração começaria a funcionar. Eu havia agendado a entrega do carro na locadora para 11h00 em Keflavík.


A LAGOA AZUL

O complexo da Lagoa Azul é um spa construído na área com cerca de 5 mil metros quadrados. No local há concentração de algas e minerais utilizados para tratamento estético contra o envelhecimento e tratamento medicinal na prevenção de doenças de pele. Porém, a grande atração é sua beleza e suas águas quentes (de 38 a 40 ºC) que relaxam no clima gelado da Islândia.

Entrada do centro de visitantes da Lagoa Azul


COMO VISITAR A LAGOA AZUL?

A primeira coisa a se saber é que para visitar a Lagoa Azul é necessário agendar o dia e horário através do site https://www.bluelagoon.com/. O agendamento é feito por horários de entrada, mas não há horário definido de saída. O horário de funcionamento varia de acordo com a época do ano (checar aqui). Em abril, quando eu estive lá, funcionava de 8h às 22h. Agendei com dois dias de antecedência para o primeiro horário e ainda tinha vaga, mas na véspera os horários disponíveis estavam mais restritos. Os pacotes variam de valor dependendo da disponibilidade e só é possível pagar pelo site no cartão de crédito (e dá-lhe IOF para nós!😠). Paguei 9990 ISK, com o câmbio e os impostos, debitou R$ 381,76 no cartão de crédito 😢😢😢. Para quem não tem transporte particular, existe a opção de um ônibus que liga a lagoa à capital Reykjavik e ao aeroporto, veja os horários no site https://www.re.is/blue-lagoon-schedule/. Veja a localização da Lagoa Azul no Google Maps.

Mesmo com agendamento prévio existe uma fila para acessar o spa


Ao chegar, passei por uma fila antes de fazer o check in na recepção com o e-ticket que recebi por email ao realizar a compra online, bastou mostrar no celular. Após isso, recebi uma toalha e fui orientado a não usar relógio dentro da lagoa. O controle dos clientes é feito através de uma pulseira com chip que deve permanecer no braço o tempo todo. Ela serve tanto para acessar as catracas como para registrar a comanda do bar, por exemplo. Por fim, todos tem acesso ao vestiário para um banho obrigatório antes de entrar nas águas da lagoa. Existem lockers disponíveis para guardar a roupa e os pertences pessoais. OBS: a chave do locker é o chip contido na pulseira (!), ou seja, não precisa levar cadeado.

Rampa de entrada na Lagoa Azul


Pulseira de controle do spa


O QUE QUE A LAGOA TEM?

É realmente agradável entrar naquela água quente. O curto caminho entre o vestiário e a lagoa já é suficiente para sentir o frio do ambiente islandês. A área da lagoa é grande, mas não é funda. O nível da água varia da altura do peito de um adulto até alguns pontos onde é possível ficar sentado com a cabeça para fora d´água. Pode até estar nevando que a sensação dentro da lagoa é quente e agradável, dá vontade de ficar lá o dia todo!

A temperatura da água se mantém entre 38 a 40 ºC e cria vapor


Em alguns pontos é possível ficar sentado no fundo da lagoa


Mesmo com o clima gelado lá fora, chovendo ou nevando, a água da lagoa continua um paraíso!


A temperatura da água da lagoa não é totalmente natural, ela vem de uma usina geotermal que funciona ali e que usa as águas para girar suas turbinas. As águas são canalizadas para esta lagoa com fundo de sílica, um mineral branco parecido com argila. O fundo da lagoa não é "lamacento", o piso se mantem firme mesmo formado pela sílica.

Em volta da lagoa é possível ver as máquinas e caldeiras da usina geotermal


A área de acesso à usina é limitada


A entrada na Lagoa Azul é cara e é considerada pelos islandeses como um local de turismo quase exclusivo para estrangeiros. Isso se deve porque em algumas cidades da Islândia existem "piscinões" de água termal bem mais baratos (cerca de 10% do valor da Lagoa Azul), o que os tornam mais populares.

O azul da água, o branco da sílica, o negro das rochas vulcânica e o cinza do céu são as cores que marcam a Lagoa Azul


Mas não é só a beleza natural que atrai as pessoas lá. O lugar também funciona como spa, tendo no seu pacote básico (mais barato) incluso o tratamento com máscara de sílica. Existe um quiosque dentro d´água que disponibiliza esse "creme" branco já na medida para passar na pele, com instruções sobre o tempo de uso. Outra vantagem é que há uma bebida grátis (cerveja, refrigerantes, drinks, etc.) servida num bar também dentro da lagoa. A partir da segunda bebida o valor é cobrado através do chip da pulseira, mas para quem quer economizar sem passar sede (como eu), não se preocupe, pois existe bebedor de água potável na área da lagoa, embaixo de uma ponte.

O bar fica localizado dentro da lagoa 


A felicidade no rosto de quem ganhou uma cerveja islandesa de brinde


Self-service e instruções de como usar a sílica num quiosque sem sair da água


O monstro da lagoa com a máscara de sílica


Água potável disponível para todos


MIRANTE DA LAGOA

Passei 2 horas na lagoa e passou rápido, não dava vontade de ir embora. No vestiário há shampoo e condicionador de graça para tomar banho. A toalha deve ser deixada num cesto na saída. Ao sair pela recepção, há um caixa para pagar a conta se houve consumo. Como não gastei nada, segui direto para a catraca na qual deve-se deixar a pulseira para abrir a saída. Porém, as atrações ainda não haviam terminado: pelo lado direito após a saída do centro de visitantes há um caminho onde está um dos melhores lugares para observar a lagoa e fotografar, parece ser muito mais azul naquele lado, porém não é permitido entrar na água.

Na área externa do centro de visitantes, próximo ao estacionamento, há uma trilha pela beira da lagoa


Um dos melhores lugares para se fotografar a lagoa


HOSPEDAGEM NA ÚLTIMA NOITE

Segui para cidade de Keflavik e às 11h00 entreguei o carro alugado dentro do qual eu havia dormido a maioria dos dias durante a viagem. Como meu vôo decolaria apenas na manhã do dia seguinte, a opção que eu normalmente escolheria era dormir no aeroporto até lá... mas na Islândia isso não era possível pois é proibido dormir no aeroporto!

Adesivos na porta do aeroporto de Keflavik avisam que é proibido dormir lá 


Como eu não pude dormir no aeroporto, tive a sorte de descobrir o Base HotelHostel, localizado a menos de 5 km do aeroporto. Ele possui quartos para agradar a todos os tipos de pessoas e de bolsos, com quartos privados, quartos para famílias ou mesmo camas em quarto compartilhado. Pesquise as opções de reservas e preços no site https://www.basehotel.is/ ou pelo Booking.com. Fone: +354 519 1300 / email: basehotel@basehotel.is / endereço: Valhallarbraut 756-757, 235 Reykjanesbær, Iceland

O imenso Base HotelHostel em Keflavik


Este hotel/hostel foi a melhor opção para passar a última noite na Islândia


O ambiente do Base HotelHostel é agradável, bem limpo e organizado. Possui wi-fi (veloz!) e estacionamento grátis. Os quartos são espaçosos, climatizados para proteger do frio e com um banheiro excelente que tinha até banheira! Foi uma das minhas melhores noites na Islândia depois de passar vários dias dormindo no carro sem banho 😜. Existe ainda uma cozinha equipada para uso de todos.

Recepção e bar do hostel sempre movimentados


Cama box confortável e com bons cobertores


Banheiro novo, limpo, com banheira e água quente no ponto


Cozinha coletiva do hotel/hostel


Máquinas de lavar e secar

Achei interessante como um ambiente de hotel e hostel consegue ser bem agradável para todos os gostos, para quem quer descansar ou quem prefere ter opções de entretenimento. Existe um salão de jogos com mesa de ping pong e totó, mas não vou negar que o que eu achei mais divertido foi o fliperama liberado com vários jogos clássicos como Street Fighter II e Mortal Kombat!

Salão de jogos do Base HotelHostel


Fliperama com várias opções de games clássicos


Lutar com o Sub Zero na Islândia é covardia! 😆

No dia seguinte, bem cedo, segui andando os 5 km até o aeroporto. Essa foi mais uma vantagem que considerei em me hospedar lá: economizar no transporte. Mas não se preocupe, para quem quer comodidade o Base HotelHostel também oferece serviço de shuttle para o aeroporto mediante a taxa de 600 ISK por pessoa. Os horários de disponibilidade estão na recepção.

Aeroporto Internacional de Keflavik


Às 10h55, o meu vôo da British Airways decolou e deixei para trás aquela terra do gelo e do fogo ainda pouco explorada pelo turismo mas que foi um dos lugares mais bonitos e sensacionais que eu já estive. Missão cumprida!


VEJA O VÍDEO

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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.