UYUNI (segundo dia)

As lagoas e picos nevados do deserto

 

O segundo dia da excursão prossegue com o deslocamento através do deserto, dessa vez passando por um circuito de lagoas que espelham grandes picos nevados e repletas de flamingos em suas águas.


São diversas lagoas na fase inicial do circuito, ou lagunas no idioma local, dentre elas Laguna Hedionda, Laguna Cañapa, Laguna Chiarkota e Laguna Honda. Todas elas contrastam um cenário de outro mundo. Muitas pessoas já sentem algum tipo de efeito ocasionado pela grande altura que se encontra essa área, como por exemplo a Laguna Hedionda que possui 4.186m de altitude.
 
Nas proximidades das lagoas se vêem vestígios de moradias dos povos que já habitaram a região.













 
E como já estava demorando acontecer nessa aventura, o carro quebrou pela segunda vez. É normal ouvir relatos de mochileiros que passaram por isso diversas vezes durante o tour no salar devido aos veículos desgastados que as agências usam, somados com o terreno que não perdôa. Mas não passa de um susto, pois os nativos estão acostumados a fazer suas gambiarras para manter o veículo operante, como foi o caso do nosso motorista/guia Javier.
 

Já numa altitude de 4.412 metros, a próxima parada é no excêntrico local de pedras muito estranhas no qual se destaca a Arbol de Piedra, ou Árvore de Pedra, formada devido à erosão causada pelos ventos arenosos.




 
Já aproximando o final do dia, chegamos à Laguna Colorada, localizada a 4.278 metros de altitude e que possui uma aparência distinta pela sua cor avermelhada gerada por substâncias liberadas pelas algas existentes. Ela chega no máximo a 80 cm de profundidade.
 



Logo depois da Laguna Colorada está um posto de controle da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa, em que são cobrados 150 Bs por pessoa pela visita ao Parque. Esse valor é cobrado para estrangeiros (se eu não me engano, o valor cobrado para nacionais é de 30 Bs) e não estã incluso na maioria dos pacotes turísticos.
 
O carro da minha agência chegou junto com o de outra e todos entraram para acertar o valor, foi aí que comoçou a confusão pois a outra agência tinha dito a seus clientes que o valor estava incluso no pacote, mas o motorista não estava ciente disso. Todos tiveram que pagar na hora, mas algumas meninas chilenas não troxeram dinheiro para isso. Foi um bate boca entre os guardas do parque, o motorista e os turistas (dentre eles brasileiros). No final, os companheiros de jipe racharam o valor das meninas e todos puderam seguir viagem. Dica: Já conte com o valor da entrada no parque ao calcular o passeio e traga esse dinheiro pois, acredite, não há caixas eletrônicos por lá! Rs 

 
Alguns quilômetros depois e já nos encontrávamos no abrigo para o segundo e último pernoite, ainda mais rústico.
 

GASTO DO DIA

Entrada do Parque Nacional – 150 Bs


MEU ROTEIRO

Anterior: UYUNI (primeiro dia)

Roteiro completo: MISSÃO BOLÍVIA 

Próximo: UYUNI (terceiro dia)

Comentários

Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.